quarta-feira, 17 de novembro de 2010

mOmeNto aLiCe 2

      Dias desses me disseram que eu fazia suco de contradições. Era um elogio, eu acho; para mim um lindo elogio.
      De qualquer maneira, é isso mesmo, faço suco, vitamina, batida, baião-de-dois de contradições. Não consigo fazer omelete sem quebrar os ovos (há quem tente). Não há metodologia que me explique. Meu pulso é o meu norte. Confesso fraquezas. Sou avessa a alguns fetiches da felicidade. Sou do mistério nessa experiência humana.
      Acho que algumas mulheres são loucas... eu, com certeza, sou.
      Dá-lhe, Alice!



O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?", pergunta Alice ao Gato de Cheshire.
   "Isso depende muito de para onde você quer ir", respondeu o Gato.
   "Não me importo muito para onde...", retrucou Alice.
   "Então não importa o caminho que você escolha", disse o Gato.
   "... contanto que dê em algum lugar", Alice completou.
   "Oh, você pode ter certeza que vai chegar", disse o Gato, "se você caminhar bastante."
   "Alice sentiu que isso não deveria ser negado, então ela tentou outra pergunta.
   "Que tipo de gente vive lá?"
   "Naquela direção", o Gato disse, apontando sua pata direita em círculo," vive o Chapeleiro, e naquela, apontando a outra pata, "vive a Lebre de Março. Visite qualquer um que você queira, os dois são malucos."
   "Mas eu não quero ficar entre gente maluca", Alice retrucou.
   "Oh, você não tem saída", disse o Gato, "nós somos todos malucos aqui. Eu sou louco. Você é louca."
   "Como você sabe que eu sou louca?", perguntou Alice.
   "Você deve ser", afirmou o Gato, "ou então não teria vindo para cá."

Um comentário:

Sandra C. Ribes disse...

O fabuloso disso tudo é que os loucos/as loucas não são aborrecidos, Fá. Um brinde à loucura!!!