sábado, 20 de novembro de 2010

PrA SempRe aCabOU?
Responda à enquete ao lado
     
     Tenho fixação por algumas coisas. O “pra sempre”, por exemplo. Esse, em especial, talvez porque  tenha, um dia, acreditado no pra sempre que disse e que me disseram. Ou talvez porque o pra sempre escape ao Medo de assumir coisas tidas como impossíveis.
Forever is over?
     No fundo, gosto do pra sempre. No fundo, acho que não há pra sempre, mas fico assim com esta nuvem-dúvida contemporânea: tendo e não tendo; acreditando e não acreditando; sendo e não sendo. Perfil de quem está nesta série provisória de  crenças e descrenças.

    

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

mOmeNto aLiCe 2

      Dias desses me disseram que eu fazia suco de contradições. Era um elogio, eu acho; para mim um lindo elogio.
      De qualquer maneira, é isso mesmo, faço suco, vitamina, batida, baião-de-dois de contradições. Não consigo fazer omelete sem quebrar os ovos (há quem tente). Não há metodologia que me explique. Meu pulso é o meu norte. Confesso fraquezas. Sou avessa a alguns fetiches da felicidade. Sou do mistério nessa experiência humana.
      Acho que algumas mulheres são loucas... eu, com certeza, sou.
      Dá-lhe, Alice!



O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui?", pergunta Alice ao Gato de Cheshire.
   "Isso depende muito de para onde você quer ir", respondeu o Gato.
   "Não me importo muito para onde...", retrucou Alice.
   "Então não importa o caminho que você escolha", disse o Gato.
   "... contanto que dê em algum lugar", Alice completou.
   "Oh, você pode ter certeza que vai chegar", disse o Gato, "se você caminhar bastante."
   "Alice sentiu que isso não deveria ser negado, então ela tentou outra pergunta.
   "Que tipo de gente vive lá?"
   "Naquela direção", o Gato disse, apontando sua pata direita em círculo," vive o Chapeleiro, e naquela, apontando a outra pata, "vive a Lebre de Março. Visite qualquer um que você queira, os dois são malucos."
   "Mas eu não quero ficar entre gente maluca", Alice retrucou.
   "Oh, você não tem saída", disse o Gato, "nós somos todos malucos aqui. Eu sou louco. Você é louca."
   "Como você sabe que eu sou louca?", perguntou Alice.
   "Você deve ser", afirmou o Gato, "ou então não teria vindo para cá."

terça-feira, 9 de novembro de 2010

mOMenTo ALiCe
NoNsEnSE, aGOrA oU dAQuI a PouCo         

      O tempo, como ninguém, sabe que as coisas não são só horas, meses e anos. Nem minutos, nem segundos. Isso, nós inventamos aqui fora da Toca.
      O tempo, como mais ninguém, sabe que as possibilidades são muitas e o agora, o depois, o mais tarde, o sempre e o nunca são nuances, acasos do espaço e do deixar-se à deriva de novos eixos habituais.
      Procuro um jeito de aprender a me soltar do tempo produzido e seguir atrás do relógio do Coelho Branco sem me sentir atrasada (é ele quem começa a aventura). Assim, fazer um samba engatinhado com seu relógio engraçado. Louquear de vez e, como Alice, viver perplexa pelas descobertas.
      Isso tá parecendo papo de paz etílica, diria o Kazóide.



quarta-feira, 3 de novembro de 2010

   hOJe NãO Dá


    Há dias que você acorda daquele jeito... meio cá, meio lá.
    E nem adianta assistir ao filme
                        Comer Rezar e Amar.
    São aqueles dias danados que você está mais para
                                    Varrer, Lavar e Passar.
    E tenho dito!